Foi na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo que decorreu o primeiro estudo para a plantação monovarietal na região do Douro. Entre 1979 e 1981 em conjunto com o Ministério da Agricultura Português, através do Centro de Estudos Vitivinícolas do Douro, escolheram se na Quinta Nova as melhores exposições solares para o estudo de plantação de três castas: Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca.
A Parcela 28 plantada com a casta Tinta Roriz, composta por 2650 pés e um declive de 25 localiza-se a uma altitude entre os 205 e os 210 metros. Esta casta demonstra bem o desafio vitivinícola e a persistência humana em preservar um Douro antigo e autêntico. A austeridade da casta é notória em boca, mas ao mesmo tempo, somos seduzidos
por uma sofisticação algo contemporânea que, aliada à vinha centenária (Parcela 21) origina, um lote que revela uma Referência no Douro português um vinho pleno de mineralidade, frutos azuis, rico em notas especiadas com uma estrutura firme e uma boca bem estreita. A elevada concentração, a densidade e a profundidade expressam bem a sua origem.
A Parcela 29 plantada com a casta Touriga Nacional, composta por 3300 pés e um declive de 20 localiza se a uma altitude entre os 170 e os 205 metros. Representa um exemplar único e é uma peça fundamental na história da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo na sua máxima expressão de terroir. Uma verdadeira Referência no Douro que aliado à vinha centenária (Parcela 21), resulta num vinho de perfil muito elegante, quase feminino, contrastando com uma estrutura intensa de taninos suculentos de enorme precisão. A textura xistosa, de elevada gravidade, o perfil seivoso e a cor púrpura refletem bem a natureza
da casta Touriga Nacional.